PARA QUE GALIZA VIVA. NOM MAIS U€ NEM ESPANHA

Setembro 8, 2015 | Atos, Em destaque

QueimaÉ mentira que o emprego relacionado com o setor primário seja indicativo de precariedade, pobreza e atraso. Como é mentira que a modernizaçom da economia dum país puxante deva refletir-se num setor terciário hipertrofiado. Mui ao contrário do que a cultura centralista espanhola nos fijo crer sempre.

 

Espanha impujo na Galiza umha visom fechada e subjetiva que relacionava o subdesenvolvimento económico do nosso país com a prevalência dos setores primários. Na realidade, foi a prevalência duns setores primários subdesenvolvidos que influiu no atraso com respeito a outros territórios do ocidente europeu.

 

Grandes áreas dos países emblemáticos da Europa hiperdesenvolvida, como França, Alemanha, Luxemburgo, Holanda, Bélgica ou outros Estados, estám cobertos por um setor leiteiro, gadeiro, florestal e agrícola impulsionado por umhas economias autocentradas. Que eliminárom, ainda, os seus competidores. Entre eles, nós. Impondo-nos quotas de produçom primeiro, e após décadas de retraso na modernizaçom industrial, umha liberalizaçom forçada em desigualdade absoluta de condiçons, semidesmantelada e minifundista, incapaz de concorrer com as grandes indústrias do setor primário do norte.

 

A Galiza que hoje arde poderia agromar em postos de trabalho nuns competentes setores industriais como os desenvolvidos nas últimas dêcadas em meia Europa. Claro, se nom tivesse estado alicerçada aos interesses espanhóis em Bruxelas e à cativa e infame burguesia autóctone, completamente desgaleguizada.

 

Hoje queima-se o País que o Capital nos condenou a manter desindustrializado. A morrer improdutivo, com umha economia extrativa de rapina que continua os ciclos produtivos fora do País ou o utiliza com fim meramente espoliador, como no caso da madeira ou das hidroeléctricas.

 

É por isso que, como ainda nom estamos mort@s, e nom queremos ser escrav@s por mais décadas desta ilusom de Europa de magnates e estados imperialistas, queremos umha Galiza soberana. Umha Galiza que aproveite as suas imensas capacidades para garantir o futuro da juventude na própria terra. E isso nom se constrói estimulando-nos a abrir cafetarias, mas com vontade política de transformar a marginalizaçom económica e social do País e enfrentando-se aos interesses criados para a nossa dependência de Madrid e Bruxelas. Isso é Política, com P de Pátria. E nom Futuro com F de Falso.

 

Na quinta-feira dia 10 estaremos em Compostela na grande marcha dos pequenos produtores/as e trabalhadores/as agrogadeiros do País, convocados pola Plataforma Galega em Defesa do Setor Láteo.

 

A marcha sairá de Salgueirinhos às 12 horas.

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