REORGANIZAR A RAIVA. 1º DE MAIO 2019

Maio 1, 2019 | Em destaque

 

1º de maio. Reorganizar a raiva.

Passam já 135 anos da revolta de Haymarket, 135 anos tingidos de luita operária, de vitórias e derrotas. De BRIGA, nesta data que hoje tem abandonado todo caráter de luita para tornar-se num dia de liturgia matutina mas que continua a ter um grande significado no conjunto da esquerda mundial, queremos aproveitar para fazer umha breve reflexom à qual seguirám outras no futuro, com as quais queremos contribuir ao debate ideológico no seio do movimento comunista.

A dia de hoje vemos como os diferentes polos imperialistas estam cada vez num confronto “periférico” de maior envergadura, ao tempo que as diferentes burguesias nacionais aumentam e mantenhem a sua ofensiva contra os já degradados direitos laborais e condiçons de vida do conjunto dos e das trabalhadoras. Prova disto é o cada vez mais constatável auge dos movimentos de extrema-direita.

Por outra banda, o que nos interessa desta vez, é que achamos umha classe operária “derrotada” que, embora vindo de longe, com a queda do bloco socialista acentua-se e assenta-se com o avanço do século XXI, ao tempo que a hegemonia capitalista fai-se total no globo.

Falamos dumha derrota na prática totalidade dos planos possíveis; desde o ideológico, o qual é peça chave, ao político passando polo organizativo e militar lá onde ainda existia tal via. Isto traduz-se numha incapacidade total de construir ferramentas revolucionárias e, portanto, alternativas reais ao sistema que sejam quem de caminhar de forma decisiva face à construçom de novas sociedades.

Já nom só no nosso país (sendo o que deve ocupar a nossa atençom, por ser a realidade sob a que agimos) senom na prática da grande maioria do globo, salvando “honoráveis” contados casos. No melhor das situaçons encontramos avançados programas progressistas de caráter social-democrata que nom dam escapado, ao senso comum, da racional defesa dos interesses imediatos da classe trabalhadora.

No nosso país achamos um campo auto-denominado comunista fragmentado e dividido incapaz de articular programas políticos próprios, de socializar as mais básicas reclamas revolucionárias (inclusive nem as democráticas) limitado à intervençom em espaços de massas, mas sem ser quem de fazer que essas heterogéneas massa avancem posiçons político-ideológicas. Quiçais polas nossa próprias limitaçons neste eixo entendemos, pois, que nós também somos parte do “problema”, parte da derrota.

Darmos com umha soluçom, avançar na construçom de vias e ferramentas revolucionárias é, entom, tarefa de todas, onde a  formaçom e luita ideológica devem ter um papel fundamental e central a partir de onde sustentar as bases que permitam a existência dumha ferramenta comunista verdadeiramente revolucionária no País, abrindo o caminho cara à resoluçom de toda contradiçom social, nacional e de género.

Por isso desde BRIGA poremos todos os nossos esforços em contribuir nesta complexa e árdua tarefa.

Viva o 1º de Maio!

Viva a luita da classe operária!
1 maio 19