PERANTE AS ACUSAÇONS DE AGRESSONS MACHISTAS A UM MILITANTE DE BRIGA

Junho 8, 2018 | Feminismo e Antipatriarcado

A respeito das acusaçons recebidas por umhas supostas agressons machistas dum militante  da nossa organizaçom durante a noite de ontem, a Comissom Nacional da Mulher acha necessário reagir com imediatez e fazer público o seguinte comunicado:

 

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Perante as acusaçons de agressons machistas, que supostamente tivérom lugar na noite de ontem, lançadas cara um militante da nossa organizaçom, a Comissom Nacional da Mulher de BRIGA vê necessário fazer públicas as conclusons que tiramos a respeito do acontecido e, também, os passos seguidos até chegar a elas.

 

Antes de mais, queremos aclarar que o conflito de ontem nom foi umha briga de bar entre dous grupos de pessoas aleatórias. Senóm que se iniciou quando duas companheiras feministas (nom militantes da nossa organizaçom) vírom que militantes de Xeira se achavam num espaço que elas consideravam de segurança e convidarom-os a abandonarem o lugar para que o espaço continuasse a ser seguro para as mulheres. As mulheres de BRIGA queremos mostrar o nosso apoio a estas duas companheiras que ontem materializárom a consigna “se tocam a umha tocam a todas” respostando minimamente às agressons machistas levadas a cabo por um dirigente desta organizaçom -acusado de violar a mais dumha moça, ademais doutras agressons- e do conjunto da sua militância -que venhem defendendo o violador e ameaçando e agredindo, verbal e fisicamente, as pessoas que se mostram críticas com isto.

 

Além disto, em quanto se fixo público a través das redes sociais o relato do acontecido por parte dumha pessoa mui achegada a Xeira, no qual se acusava o nosso camarada de “babosear” a umha moça e de dirigir insultos machistas às demais, a Comissom Nacional da Mulher de BRIGA decidiu abrir umha investigaçom arredor do caso para tomar as medidas necessárias a respeito destas agressons, já que somos conscientes de que as atitudes e agressons patriarcais podem vir de parte de qualquer homem (e portanto também dentro da militância da nossa organizaçom). Assím, pugemo-nos en contacto com várias pessoas que presenciárom o ocorrido e que nada tenhem a ver com a nossa organizaçom, dizendo-nos todas elas que nom tenhem constância de tales agressons e que a atitude do nosso companheiro era a de mediar no conflito e calmar a situaçom.

 

Por isto, e constatando que a versom feita pública está totalmente deturpada, concluímos que se trata dumha estratégia de manipulaçom levada a cabo desde Xeira com o objetivo de apartar o foco do feminismo delas pondo-o sobre outra organizaçom. Nom nos parece casual que umha pessoa que supostamente “nom está em política” decida fazer públicos nome, apelido e organizaçom de só umha das pessoas que estavam naquele momento.

 

Desde BRIGA, do mesmo jeito que condenamos qualquer tipo de agressom machista venha de quem venha, consideramos inadmisível a utilizaçom da nossa luita com a única intençom de desprestigiar umha organizaçom, chegando a calumniar tan gravemente umha pessoa. Todo isto sem reparar nas consequências nefastas que este tipo de manipulaçons tenhem para as mulheres, que somos as únicas verdadeiramente prejudicadas. Mas nada disto nos surpreende nem nos vai fazer calar, agora mais que nunca continuaremos a denunciar, a assinalar e a excluir dos nossos espaços todos os agressores machistas e os seus cúmplices, por muito que se digam de esquerdas ou apareçam em manifestaçons feministas.

 

Este feito tam lamentável só responde à sua necessidade de defender-se perante os “ataques” do feminismo, o qual nom fai mais que reafirmar que estamos do bando bom. Desta maneira, animamos a todas as mulheres para respostar juntas ao machismo organizado que representa Xeira, demonstrando assim que estamos unidas e somos muitas mais.

 

Comissom Nacional da Mulher de BRIGA