APRESENTADA NOVA MANIFESTAÇOM JUVENIL UNITÁRIA O 24J

Julho 1, 2014 | Campanhas, Em destaque, Que nom te deixem parad@. Revolta-te!

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Hoje ao meio-dia, militantes das organizaçons patrióticas juvenis do nacionalismo e o independentismo galego reunimo-nos nas ruas cêntricas da capital galega para realizar umha rolda de imprensa. Nela informou-se da convocatória conjunta, polo segundo ano consecutivo, dumha mobilizaçom de caráter nacional o dia 24 de julho, a vêspera do Dia da Pátria.

AGIR, AMI, BRIGA, Comités, Galiza Nova, Isca!, LEG e Xeira.  Junt@s, explicamos os motivos para que, 12 meses depois, decidamos repetir o formato de manifestaçom conjunta do ano passado. 

Daquela, várias centenas de jovens mobilizaram-se na primeira jornada unitária de 24 de julho, incrementando notoriamente o seguimento e o ambiente da convocatória. Desta volta, de BRIGA coincidimos com o resto de organizaçons juvenis e estudantis em que a melhor opçom para a vêspera do Dia da Pátria volve ser umha marcha conjunta em chave independentista, anti-capitalista e feminista. 

Umha manifestaçom nitidamente juvenil em que se reivindique a necessidade da alternativa soberanista para umha Pátria que se asfixia baixo a pressom de Espanha e a Uniom Europeia. Umha naçom que quer sobreviver para viver em liberdade tem na sua juventude patriótica e orgulhosa a maior garantia do seu futuro.

Daí que, de hoje em adiante, BRIGA trabalhará todos os dias para conscientizar da importáncia de mobilizar-se por Galiza, por nós, agora que se acentua a deterioriaçom das condiçons socio-laborais da juventude galega. A nossa miséria e o desmantelamento do projeto político dumha esquerda nacional emancipatória vam da mao. A nossa consciência nacional e a construçom dum futuro novo para a juventude trabalhadora, também devem ir unidas.

BRIGA manifesta a sua satisfaçom por termos conseguido entre tod@s a constituiçom dum espaço de trabalho juvenil conjunto, que em parámetros de esquerda e nacionais esperamos se alarga e desenvolva contribuindo assim a edificar a Galiza independente, socialista e anti-patriarcal que o nosso projeto anseia.

A continuaçom, disponibilizamos o manifesto conjunto assinado polas 8 organizaçons convocantes da manifestaçom e enviamos umha mensagem a toda a juventude galega animando-a a participar da convocatória. 

A MOCIDADE MANTENDO VIVA A GALIZA. INDEPENDÊNCIA!

No 24 de julho de 2013, as moças e moços da esquerda nacionalista e independentista galega saíamos às ruas na véspera do Dia da Pátria para manifestar umha clara e unánime vontade: a de sermos artífices do nosso próprio futuro, luitar e conquistar a independência para o nosso país.

E a pesar do silenciamento da prensa sistémica, nom fomos dúzias mas centos @s jovens que participamos dumha nutrida manifestaçom de rebeldia e orgulho juvenil, umha manifestaçom de entusiasmo e alegria daquelas e aqueles que ansiamos umha Galiza soberana e com futuro.

Hoje, só um ano depois daquela memorável data para o movimento juvenil galego, podemos afirmar sem qualquer medo a equivocar-nos que ainda contamos mais razons para sair às ruas e reivindicar mais alto e com mais vozes, que Espanha, o Patriarcado e o Capital som os piores inimigos da juventude galega.

E é que desde 24 de julho de 2013 somos 27.000 jovens menos na Galiza; 27.000 jovens que fugírom ao verem negado o acesso a um trabalho digno na sua terra. Em menos de 5 anos, perdemos 120.000 galeg@s de entre 15 e 30 anos, acelerando-se tragicamente a grave crise demográfica que sofre o nosso país.

O desemprego juvenil aumentou 35%, e os nossos salários e condiçons laborais empiorárom ao ritmo em que a UE, por meio da Troika, continuou impondo a aplicaçom de medidas destinadas a fomentar mobilidade e flexibilidade, isto é, emigraçom e precariedade laboral para a juventude trabalhadora.

Nom encontramos como independizar-nos economicamente e abandonar a adolescência alargada da qual nos culpam, mas em cuja falta de autonomia juvenil querem que vivamos. Apenas 1 em cada 5 menores de 30 anos vivem emancipad@s, e baixando…

No último ano, aprovou-se umha lei que anula o direito das mulheres a decidirmos sobre os nossos corpos, que clandestiniza o aborto e impom legalmente a maternidade.

7 mulheres fôrom assassinadas polo terrorismo machista.

A nossa língua perdeu 25.000 falantes.

Aprovou-se a elitista, espanholista e machista LOMQE, um dos mais duros ataques contra o ensino galego e público dos últimos anos que afunda na perseguiçom da nossa língua nas aulas.

Conhecemos também a sentença que deixava impunes aos responsáveis da maior catástrofe ambiental que sofreu a Galiza, deixando claro o mais absoluto desprezo do capitalismo espanhol por umha naçom na que apenas vêem recursos materiais e humanos que explorar a baixo custo para o seu benefício. Desprezo polo nosso povo que ficou claramente constatado quando a deficitária segurança e estado das infraestruturas de comunicaçom se saldou com a morte de dúzias de pessoas em Angróis numha clara negligência ferroviária pola qual os responsáveis políticos ainda nom respondêrom.

E assistimos a um progressivo aumento da repressom contra os movimentos sociais e a militáncia independentista, que continua a sofrer a contínua perseguiçom e intoxicaçom do aparelho repressivo espanhol, assim como a aplicaçom de medidas de exceçom e formas de tortura ilegal como a dispersom penitenciária contra @s pres@s polític@s galeg@s.

Em síntese, em apenas um ano, vimos diante dos nossos olhos como as agressons do Capital, Espanha e o Patriarcado se multiplicárom, e se dirigírom certeiramente contra @s jovens, contra as mulheres e contra o nosso povo.

Forçando-nos a emigrar, condenando-nos ao desemprego ou a precariedade laboral, proibindo-nos decidir sobre os nossos corpos, impedindo-nos o acesso a um ensino galego, público e de qualidade, degradando e minorizando a nossa língua, fazendo do nosso país um imenso território onde enriquecer empresas eólicas, hidráulicas, da minaria ou petroleiras que nom serám punidas pola brutal destruiçom ecológica da que som responsáveis, e como nom, perseguindo e castigando exemplarmente a quem ousamos erguer a voz.

Por todo isto, nós jovens galegas e galegos de 2014, afrontamos este 24 de julho, véspera do Dia da Pátria, carregadas de argumentos para sair à rua a manifestar que nom estamos dispostas a que continuem a destruir o nosso futuro, a nossa naçom, as nossas vidas.

É por isso que a mocidade da esquerda nacionalista e independentista galega enviamos umha mensagem urgente ao conjunto da juventude do nosso país, chamando a juntarmos vozes e forças, a auto-organizar-nos para avançar no processo de auto-determinaçom do nosso povo face umha necessária república galega.

Com rebeldia e entusiasmo, criaremos um verdadeiro refacho de poder juvenil que rachará com as cadeias do Patriarcado, do Capital, e deste cárcere de povos que é Espanha.

VIVA GALIZA CEIVE.

INDEPENDÊNCIA.