GALIZA AMANHÁ, REPÚBLICA SERÁ!

Junho 7, 2014 | Em destaque

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A consecuçom dum regimem republicano para o Estado espanhol nom pode nem deve ser umha proclama própria da juventude rebelde galega. A existência dumha monarquia que tem acumulado umha fortuna publicamente valorada em 1.800.000 de €, que tem agitado a crónica social com inúmeros escándalos de corrupçom, umha vida ostentosa e elitista, é mais um dos símbolos dumha Espanha ancorada desde há anos numha multicrise de dimensons espetaculares.

Porém, esta crise nom a estám a pagar as grandes fortunas espanholas nem as oligarquias cúmplices e oportunistas de Euskal Herria ou os Països Cataláns. Tampouco a burguesia galega. Esta crise está a ser carregada sobre o Povo Trabalhador, e nomeadamente por aqueles setores populares das naçons que, como Galiza, vivem oprimidas por um Estado condenado a desputar a hegemonia cultural com as naçons que ainda sobrevivemos nesta prisom de povos.

Para quem cremos que Galiza nom deve desaparecer, e para quem confiamos na imensa força que outorga ao Povo Trabalhador galego e à sua juventude um referente nacional galego, antagónico com o mercado espanhol, a consecuçom dumha Espanha tricolor está mui longe de satisfazer a nossa legítima vontade política de independência nacional, socialismo e feminismo.

O sistema capitalista espanhol está perfeitamente preparado para, se a reaçom popular assim o exige, proceder a depurar umha instituiçom arcaica como a monarquia. Diversos vozeiros ultradireitistas como o influente empresário mediático Pedro J. Ramírez ou ultras como Losantos assim o testemunham. Espanha e as suas classes dirigentes sabem que se encontram num momento crítico, e que setores da populaçom devem ser neutralizados em troca dum prato de lentilhas. 

Esse engado com que podem procurar desativar a resposta e a rebeldia popular pode passar também pola supressom da mesma coroa se assim conseguem mitigar o descontento criando umha perigosa eufória chauvinista à volta do espanholismo republicano.

Que Espanha seja umha República amanhá nom significa maiores quotas de liberdades, recuperaçom de direitos perdidos ou transformaçons sociais de calado. Significa, enquanto a mudança a pilotem os de sempre, mudar algo para que todo continue na mesma. A juventude galega deve pois ir para além de ilusons vagas e aproveitar a conjuntura. A bandeira tricolor branca, com a faixa azul e a estrela vermelha representa o ideal que simboliza a nossa luita pola emancipaçom dos Povos, das mulheres, e do trabalho frente a Espanha, o patriarcado e o Capital.

Na Galiza do sêculo XXI, a maior contradiçom com o mercado capitalista representado pola U€ e por €spanha, cada vez mais tingidas de fascismo, nom é mais Espanha doutra cor. Como nom é mais Uniom Europeia com outra bandeira. É quebrar com ambos espaços jurídicos e políticos de miséria para a maioria social. E essa ruptura deve partir das classes populares dos povos, dos povos de Europa como o galego, cuja melhor achega à revoluçom europeia e mundial começa pola transformaçom local, em Galiza. Eis a nossa contribuiçom ao resto de povos do Estado e do mundo: começar por fazer nós a nossa Revoluçom.

POLA II REPÚBLICA GALEGA!!

INDEPENDÊNCIA, SOCIALISMO E FEMINISMO!!