CONTRA OS ABUSOS DO CAPITAL. NEM UM PASSO ATRÁS

Junho 7, 2019 | Em destaque, Notícias

A estafa das elétricas, que resulta hiliarante no conjunto do Estado espanhol, converte-se em inadmissível no caso da Galiza.

É este um sistema oligárquico que di basear-se no “livre mercado” para estabelecer os seus preços, mas que só se rege por um teatro de falsa regulaçom sobre a oferta e a demanda das 5 empresas que monopolizam um dos setores estratégicos da economia. Este timo, que recebe o nome de “windfall profits” (benefícios caídos do cêu), explica por que desde que a Espanha é exportadora neta de eletricidade a fatura da luz nom para de aumentar, dando numha das mais altas do mundo.

No nosso País o roubo é ainda mais grande, já que na Galiza produzimos o equivalente a dez centrais nucleares. Aliás, 65% da energia produzida na Galiza é renovável e extraída de recursos autóctones, quer dizer, que nom é preciso importar.

O roubo está em que as galegas nom somos as donas desta energia, senom grandes empresas (antes estatais e agora em maos de fundos de investimento) que nos fam pagar a preço de ouro a eletricidade que produzimos nós com os nossos recursos. Ainda mais, a Espanha obriga-nos a importar energia mais cara devido a que produzimos é repartida por todo o Estado e exportada fora dele.

Segundo as cifras oficiais de 2016, a Galiza gerou 17.100 gigavátios/hora de energia hidráulica e eólica e demandou por volta de 20.000. Quer isto dizer que a Galiza estaria a piques de chegar a ser autosficiente energeticamente só com o que produze em renováveis. Mas se a estes dados somamos-lhes o produzido através do carbom e o gas natural, a Galiza produze 33% mais do que consome. Por exemplificá-lo na prática: A Galiza produze energia para abastecer-se a si própria e também a Asturies, ou algo mais do necessário para abastecer o conjunto da Comunidade de Madrid, que apenas produze energia.

Mas, quem é que se beneficia deste roubo? Coma sempre, as grandes empresas e mais o Estado espanhol. As companhias elétricas assentadas na Galiza faturáram em 2016 1.500 milhons; é por isto que a energia que nos fam presentear ao resto do Estado está valorizada em, como pouco, 500 milhons de euros anuais. Em troques, pretendem contentarnos com um cânon eólico e hidráulica de apenas 65 milhons que recada a Junta.

Enquanto umha minoria gera a sua riqueza destruíndo a nossa terra, a maioria continuamos a pagar quantidades desorbitadas polo que nós próprias produzimos. As pessoas idosas com pensons irrisórias e a saúde mais suscetível som, sem dúvida, quem mais sofrem o horror dum capitalismo voraz guiado só pola necessidade de aumentar a taxa de lucros. Num sistema em que todo está mercantilizado, é cada vez mais ridículo ouvir falar de direitos: direito à morada digna, direito à água, direito à saúde… pois momento em que há que os comprar com dinheiro, nom podemos falar de direitos, mas de privilégios.

De BRIGA vemos lógico e mesmo necessário o boicote às empresas responsáveis de todo isto. Com umha fatura elétrica claramente abusiva e descompensada por ser o nosso um país excedentário de energia, é preocupante nom contarmos com um movimento de protestos nas ruas contra um dos exemplos de mais grande injúria que o Capital dirigiu contra a Classe Trabalhadora nos últimos anos.

Contra os abusos do capital, nem um passo atrás!