CONHECENDO A NOSSA HISTÓRIA PARA CONSTRUIRMOS O FUTURO. A I REPÚBLICA GALEGA.

Junho 27, 2017 | Em destaque

rp

 

Nestas datas em que começa o verao, é importante arrojar luz sobre um acontecemento que dava às boas vindas na Galiza ao verao de 1931, com a II República Espanhola recém instaurada também no nosso país. Neste facto, ademais, foi posto de manifestó que, contrariamente ao que pretendem fazer crer algumhas pessoas, a luita pola questom nacional vai da mao com a luita de clases, ensinando que, combinando estas questons puiderom-se levar avante projetos interessantes, embora finalmente nom saíssem, mas que nós, as independentistas de hogano, devemos tratar de combinar os três eixos vertebradores da luita que hoje desenvolvemos (independencia, socialismo e feminismo) para levarmos a cabo também grandes projetos.

Falamos, entom, da proclamaçom da I República Galega, aquele 27 de junho de 1931. República que foi efémera, silenciada e nom reconhecida, ademais de reprimida, como foi sempre habitual, polas forças armadas espanholas que fórom enviadas à zona do conflito, dentro da longa tradiçom espanhola de “solucionar” os conflitos mediante a repressom; tradiçom que chega até os nossos dias.

Com tudo, mália ter sido breve e quase simbólica, deixou clara a capacidade auto-organizativa da Classe Trabalhadora da Galiza, capacidade que, 86 anos depois, continuamos a reivindicar e a acreditarmos nela.

Para pôrmo-nos em situaçom, situamo-nos no contexto dos protestos levados a cabo polos trabalhadores da linha de ferrocarril Zamora-Ourense-Corunha, após ser anunciada a paralisaçom da obra por parte do Governo Central.

Foi, em realidade, o 25 de junho de dito ano quando, após umha manifestaçom em Ourense a raiz deste conflito, os obreiros anuncárom a proclamaçom da República Galega, tal e como testemunham os jornais da altura. Toda a situaçom foi-se estendendo por diversos pontos sendo realmente significativo a acontecidade na Pobra de Seabra, cidade galega sob administraçom castelhana, onde os trabalhadores içaron a bandeira galega no concelho da vila.

Foi finalmente o 27 de junho onde, em Compostela, foi proclamada após umha multidom ter tomado o Paço de Rajói e ter declarado o Estado Galego, sendo nomeado Alonso Rios como Presidente da Junta Revolucionária da RepúblicaG Galega e ficando esata proclamada num grande mitin, como recolheria o jornal El Pueblo Gallego, onde se falou da necessidade de soberania nacional e a organizaçom da classe trabalhadora como fórmula para construir essa República Galega e, tal como se dixo nessa proclamaçom “soviética si hace falta… para recabar a sua liberdade, autonomia e independência absoluta”, afirmando que “só a revoluçom poderá redimir Galiza, e a revoluçom há que empezar fazê-la, abstendo-se de votar nessa amanhada que chamam eleiçons”. Eleiçons nas que estava totalmente volcado o Governo Central.

Finalmente, aguardava-se que os efeitos das proclamaçons fossem espalhando-se a outras comarcas mas, motivado por interesses eleitorais, o Governo decidiu reanudar as obras impedindio a expansom da insurreiçom e fazendo com que esse pulo revolucionário e independentista fosse perdendo força até que finalmente a República Galega ficou num Estado simbólico, que durou umhas horas. Mas os símbolos também som importantes para avançar. E somos nós, quem devemos conhecer a nossa história, recolher esse pulo e afondarmos na luita pola II República Galega independente, socialista e feminista, que só com a potencial força revolucionária que o Povo Trabalhador Galego possui, pode ser atingida.

O nosso futuro como povo e como classe está nas nossas maos!