Comunicado de BRIGA na Diada

Setembro 11, 2017 | Em destaque

É inevitável que as nossas olhadas estejam postas no que está a acontecer no Principat de Catalunya, já que, como todas sabemos, é ali onde se encontra a mais grande batalha contra o regime do 78 e a atual estrutura político judicial que sustenta o Estado espanhol, umha batalha onde se enfrentam, dum lado, urnas, papeletas e mobilizaçons populares e, doutro, repressom, ameaças, persecuçom mediática e tentativas de intimidaçom. E som muitos anos em que a situaçom se encontra nestes termos, muitos anos com mobilizaçons de milhares de pessoas fazendo das Diadas dos últimos anos jornadas históricas mas, a que vém agora, é-o com especial releváncia, com a aprovaçom da conhecida como Llei del Referèndum , com umha maioria social e parlamentária dispostas a enfrentar-se diretamente com o Estado para defender o direito a decidir.

A vontade e a determinaçom mostrada por amplos setores sociais da populaçom catalá nom fixo mais que confirmar a diferencialidade do povo catalán como sujeito político, com umha vontade política bastante diferente à da maior parte do resto de Estado, com outras aspiraçons que batem frontalmente com a orden constitucional española, umha ordem constitucional e umha legalidade que demostrou ser totalmente incompatível com os anseios dumha ampla maioria da sociedade dumha parte dos Paísos Catalans, por isso foi a desobediência a ferramenta política escolhida para levar a cabo um processo democrático que pudesse culminar no processo constituinte da nova República de Catalunya. Umha ferramenta que se fai imprescindível quando a legalidade caduca dum regime sumido na podrémia pretende impedir um exercício tam legítimo e básico como é o de que o povo vote, por acima de tribunais dirigidos por homens ataviados com togas pretas, mais próprias de épocas passadas que de sistemas supostamente “democráticos”, por acima de histérias que reproduzem em certos setores das elites espanholas a ideia de que todo o entramado que sustenta o desenvolvimento dos seus interesses poda vir-se abaixo.

E todo isto está ficando refletido nas ameaças, na caça às bruxas, na persecuçom e na intimidaçom que o Estado e os seus poderes judiciais levam anos tentando exercer sobre Catalunya, suspendendo as decisons que se tomam nas insituiçons próprias de Catalunya, perseguindo e detendo as companheiras de ARRAN por desenvolverem a campanha “L’organització és la clau de la victória”, detendo e sancionando militáncia da esquerda independentista por fazer política, enviando corpos militares espanhóis a passeárem polas ruas armados até os dentes, com o intuito de criar um clima de tensom, respondendo com a força das armas a um movimento que está a seguir cauces totalmente pacíficos, corpos que rodeiam centros de trabalho e assediam às trabalhadoras e trabalhadores de dita empresa, para além de roubárem a sua produçom. Uns corpos que rodeiam e invadem meios de comunicaçom e ameaçam com o feche de páginas webs vulnerando a libre expressom (prática já conhecida também noutras partes de Estado). Essa, junto com a nefasta incapacidade de negociaçom, é a única resposta que o Estado é capaz de ofertar. Umha força que nom utilizam quando 40.000 milhons de euros públicos oferecidos ao sistema bancário estatal se tornam irrecuperáveis. Isso nom importa. Tudo seja por salvaguardar a sua farsa baseada na “unidade indissolúvel”.

Junto com este setor vemos alinhada, dumha forma tam decepcionante como esperada, a ampla maioria da esquerda espanhola, onde a sua premissa básica fala dumha falha de garantias, garantias que nom sabemos se esperam que provenham do regime contra o que dim luitar. Umhas esquerdas que se apresentavam como chave para mudar radicalmente a sociedade e que vendiam que seriam capazes de derrotar o regime do 78, umhas esquerdas que nom só demostrárom a sua falha de vontade para isso, mas que também se converterom numha garantia para que nada mude. Justo ao contrario que essa maioria social catalá, onde há essa total vontade e determinaçom popular, apoiada pola grande maioria dos Concelhos, apoiada polas instituiçons próprias de Catalunya.

Ara és l’hora. Chegou o momento do #MAMBO. E a juventude rebelde galega estaremos ao carom do povo catalán na reta final deste tramo que configura o longo caminho da luita revolucionária.

Por isso queremos mandar o nosso apoio a esta nova jornada mobilizadora e o nosso forte e comprometido saúdo internacionalista às companheiras de ARRAN, ao conjunto da esquerda independentista e a todo o povo catalám.

Sense desobediencia no hi há independencia. Sense por i endavant.

Visquen els Paissos Catalans lliures, socialistes i feministes!

Desenho11s