A LÍNGUA CONTINUA EM RETROCESSO

Dezembro 8, 2014 | Em destaque, Língua, Notícias

gzO último informe da Instituto Galego de Estatística a sinalar a progressiva e acusada perda de falantes de galego nom nos colhe por surpresa. Obviamente, a perda de galegofalantes nom significa umha eleiçom livre por parte de ninguém de qualquer outra língua por considerá-la mais interessante do que o galego. Trata-se da imposiçom em bloco do espanhol como modelo monolinguista caminho da dominaçom absoluta dentro do projeto de homogeneizaçom da Espanha-naçom.

O uso monolíngue do espanhol tem assentado na Galiza com 39% a falá-lo em exclusividade nas 7 grandes cidades frente a 31% há apenas 5 anos. O incremento é pois mui forte num período mui breve de tempo. Vivemos em pleno furacám espanholizador, e devemos espremer o cérebro para saber agir neste contexto histórico único.

No caso concreto da gente nova, a que se incorpora como utente dumha língua, quase 50% de menores de 14 anos utilizam só o espanhol. E nem 3% do estudantado recebe aulas integralmente na nossa língua.

A gravidade dos dados que mostram a extinçom do principal sinal de identidade do nosso país é maior quanto que nom parece causar nengumha reaçom. Os responsáveis políticos mesmo se tenhem parabenizado polos estudos por mostrarem umha “harmonia” bilinguista que coincide com os seus objetivos de governo. Mais claro, água.

A própria RAG nom parece mui agitada polos dados que cada certo tempo envolvem numha nuvem negra o futuro do idioma, e apenas optam por declaraçons catastrofistas próprias do cadeirom. Laios na soidade dumha instituiçom incapaz de influír, mobilizar e tensionar o ambiente “desnormalizador”.

Nós, como independentistas galeg@s, defendemos a resistência dos povos do mundo contra a imposiçom de modelos de dominaçom imperalistas. Mas nom o fazemos em abstrato ou a milhas de distáncia, como @s pretendid@s esquerditas espanhóis e espanholas. Fazemo-lo começando na casa: revoltando-nos contra a imposiçom do espanhol apostando no uso da nossa língua desde o compromisso pessoal. E propondo medidas de reativaçom e dinamizaçom do idioma de caráter coletivo como por exemplo:

– Adopçom do reintegracionismo linguístico como forma de prestígio, validez e depuraçom da nossa língua da influência espanholista

– Promoçom da imersom linguística nas escolas

– Discriminaçom positiva ao trabalho desenvolvido no nosso idioma (universidade, meios de comunicaçom, pequenas empresas, …)

– Eliminaçom das insultantes ajudas por uso do galego aos meios de comunicaçom

– Supressom das partidas económicas para normalizaçom linguística naqueles concelhos em que nom se implementem com resultados políticas efetivas

– Transmissom em aberto de tv e rádio portuguesas

– Obrigatoriedade de conhecimento do galego em toda a funçom pública

– Fortes sançons a comportamentos discriminatórios e espanholistas por parte da patronal e garantias para @s trabalhadores/as galegofalantes

– Refundaçom da Académia da Língua Galega e demais institutos e ramas públicas que trabalharem polo galego, obrigando à apresentaçom de propostas de intervençom e cumprimento de objetivos.