A juventude rebelde a respeito de “A última liçom do mestre”

Outubro 3, 2018 | Em destaque

derradeira

 

Por primeira vez está na Terra o lenço mais universal de Castelao “A derradeira liçom do mestre”, umha compossiçom de óleo sobre teia pensada e pintada no exílio na que o nosso mestre imprimiu a dor e raiva dumha guerra que arraigou a miséria, o medo e a sem-razom. Na Pátria liberada o encontro da sociedade galega com umha das suas obras mais senlheiras seria oportunidade de abraço e celebraçom, mas hoje a primícia foi reservada para as elites, constatando a presença no auditório dos que ainda velam do património dum ditador que condenou o autor do “Sempre em Galiza” a finar no exilio. Hoje Feijóo apresentou o quadro em homenagaem ao assassinato dumha das mentes mais lúzidas do nacionalismo, Alexandre Bóveda, obviando termos como fuzilamento ou repressom e asseverando que a Galiza autonômica e cercada econômica, social, cultural e demograficamente é a mesma com a que sonhava Castelao desde Buenos Aires. Ainda que lá estiveram procurando assimilar a carga emotiva dumha produçom que lhes é contrária, bem sabemos que Castelao nunca será dos que enterram a nossa cultura e retrasam o desenvolvimento da nossa terra, senom que é das que fregam escadas, descarregam caixas no peirao, suportam longas horas no telemárketing e a tensom das fábricas, das que trabalham o monte, o mar e a terra ou de quem forma as novas geraçons nas escolas. Por isso a mocidade rebelde tampouco reclama em exclusividade o conteúdo dumha obra que sabemos património corpóreo e incorpóreo do conjunto das capas populares do nosso povo. Fazemos, pois, neste dia um chamamento aos coletivos sociais, culturais, de ensino e as diversas individualidades críticas do nosso País para a socializaçom do conjunto da mostra ‘Castelao Magistral’; e em concreto da obra chave na trajetória de Castelao. Aproveitemos a oportunidade de bater contra as deformaçons na figura de Alfonso Daniel difundindo e estendendo a cárrega combatente, intelectual e patriótica da sua produçom.

Na Pátria, 3 de outubro do 2018.