8M: As jovens também decidimos!

Março 5, 2015 | Feminismo, Feminismo e Antipatriarcado

8-M 2015

O sistema patriarco-burguês obriga-nos a estar num contínuo estado de alerta. Bem sabemos que as agressons som contínuas, algumhas mais subtis, outras estremadamente violentas, mas a nossa é umha luita constante.

Somos conscientes, aliás, de que cada batalha ganhada é apenas um estímulo para colher aços e luitar com mais ferocidade. É por isso polo que nom foi qualquer surpreesa o anúncio da proposta de lei do aborto do Partido Popular. Depois do seu último fracaso legislativo que causou a demissom do que fora o ideólogo do maior ataque contra os direitos sexuais e reprodutivos dos últimos anos, Alberto Ruíz Gallardón, o Partido Popular quer contentar os setores ultraconservadores da sua massa eleitoral, e mais umha vez, os nossos corpos som o seu campo de batalha.

Neste caso concreto, os corpos das jovens menores de 18 anos, que nos veremos na obriga de contar com o consentimento das/dos nossos titores legáis para poder abortar, negando-nos a capacidade de decidir sobre os nossos corpos e as nossas vidas.

BRIGA leva mais de 10 anos combatendo o poder adulto como forma específica de opressom que sofre a juventude trabalhadora, futura força de trabalho que deve ser controlada, domesticada e reprimida para que se submeta docilmente às condiçons de exploraçom inerentes ao sistema capitalista. Também levamos mais de 10 denunciando a especial violência com que esse poder adulto se impóm sobre as mulheres jovens, obrigadas desde etapas bem tempranas à obediência cega e ao cumprimento de centenas de normas que culminam no desenvolvimento dum rol mui concreto e fundamental para a perpetuaçom do modo de produçom capitalista: realizar invisivelmente o grosso do trabalho socialmente necessário.

Eis o porquê de as jovens sermos alvo fácil deste novo ataque da burguesia espanhola contra as mulheres trabalhadoras, pois se fracasárom na imposiçom da proibiçom do aborto contra o conjunto de mulheres, só lhes fica dirigir-se ao setor destas mais desprotegido, ao setor que mais precisam amansar e domesticar: as jovens.

Assim, este 8 de março, como jovens orgulhosamente pertencentes à classe imprescindível, à classe trabalhadora, devemos reinvidicar o nosso legítimo direito à desobediência ante o poder adulto, o patriarcado e o capitalismo, que aliados pretendem aumentar a nossa opressom, exploraçom e dominaçom. Devemos reinvindicar pois, o nosso legítimo direito ao aborto livre, gratuíto, sem condiçons, sem prazos nem empecilhos.

AS JOVENS TAMBÉM DECIDIMOS!


A LUITA CONTINUA

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