24J – manifestaçom unitária. Galiza somos nós.

Julho 4, 2016 | Em destaque

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Na manhá de hoje apresentou-se em rolda de imprensa a que será a quarta ediçom da manifestaçom juvenil unitária do 24 de julho. A manifestaçom sairá às 20h da Alameda de Compostela, a seguir deixamos o manifesto ao que se deu leitura na rolda de imprensa:

Galiza somos nós.

Mais um ano a mocidade nacionalista e independentista galega convoca a manifestaçom unitária do 24 de julho, véspera do Dia da Pátria Galega. Esta uniom nom se deve a umha casualidade, nem a um mero gesto simbólico, é por que concordamos em que muitas cousas tenhem que mudar para que a nossa naçom, Galiza, saia adiante e o nosso povo tenha umha vida digna. Porque é injusto que numha terra com enormes possibilidades como é a Galiza, a mocidade esteja obrigada a migrar de forma maciça e sistemática, fugindo dumha taxa de paro de perto de 50%, da exploraçom e da precariedade laborais.

Esta migraçom maciça está bem desenhada desde a estratégia capitalista, de Espanha e a Uniom Europeia, de fazer-nos ser a mao de obra barata que sustente as grandes multinacionais. Estas que nos chuparám o sangue até deixar-nos secas se nom protestamos, se nom alçamos a voz e denunciamos tratados injustos e secretos como o TTIP, se nom nos consciencializamos e luitamos, criando alternativas desde a base que fortaleçam o projeto soberanista, se nom nos rebelamos e nom cedemos ante o avanço brutal do neoliberalismo, fase do imperialismo que cada vez está mais avançada nos governos europeus e que tem como aliado fundamental à Uniom Europeia.

Essa mesma Uniom Europeia, que sob a careta de tentar fazer esforços para acolher refugiadas, o único que fai é apoiar as guerras imperialistas e governos fascistas dos que fogem estas pessoas. Guerras imperialistas, como a de Síria e governos fascistas como o de Ucránia posto a dedo pola UE. No entanto, assassinam-se por omissom todas as pessoas que morrem afogadas no Mediterráneo ou as que som tratadas como mercadoria e exploradas polas máfias. Mas nom só a UE é culpável destes crimes, também tem parte da culpa do desmantelamento dos nossos serviços produtivos, entre outras muitas cousas, polo que estar fora desta seria beneficioso e imprescindível para a sobrevivência do povo galego e um ato de solidariedade internacional.

Outro ponto fundamental é a defesa da nossa língua, polo tanto, da defensa de nós mesmas, da nossa forma de relacionar-nos com o mundo com as verbas que desde sempre o povo galego utilizou para isto. Para luitar contras as agressons que sofre o nosso idioma com leis espanholizadoras coma a LOMCE, para que nom nos ponham impedimentos quando queremos viver a nossa vida integramente em galego. Som e fôrom muitos golpes os que recebeu o nosso idioma e o resultado é que hoje já somos umha minoria quem o falamos, minoria que se acentua na mocidade, mas nom nos calarám, seguiremos com esta luita diária sabendo que o contra-ataque é falá-lo, falá-lo bem, falá-lo muito e nom permitir que se nos negue este direito.

Também nos une a luita que afeta à metade da populaçom mundial, a luita das mulheres. Queremos umha Galiza e um mundo na que todas as pessoas sejam tratadas por igual. Que nom se discrimine, que nom se viole, que nom se agrida, que nom se menospreze, que nom se subestime, que nom se subvalorize e que nom se assassine a umha pessoa simplesmente por ser mulher. Por que, quando nos tocam a umha, tocam-nos a todas! Nós temos o direito de viver em igualdade como o tem qualquer pessoa. Para relacionar-nos com quem queiramos e da maneira que queiramos. A luita feminista vai da mao da das liberdades sexuais, porque normalmente, os agressores e os intransigentes som os mesmos. Nom permitiremos umha agressom mais, o movimento feminista e LGTBI+ estám unidos, em pé e dispostos a defender-se.

Nom estamos todas, faltam as presas! Nom podemos deixar de lembrar que hoje aqui falta gente, pessoas que estám na cadeia por leis injustas e repressoras, leis que as dispersam e que nom só as fam sofrer a elas, senom também a familiares e amizades. Exigimos que finalize esta situaçom e que voltem para a casa. Denunciamos que estas leis estám feitas a medida para encarcerar independentistas e para pisar os direitos do povo galego. As mesmas leis surgidas desde o Estado Espanhol e que ilegalizam partidos como Causa Galiza, que dam carta branca às forças repressivas para que anulem qualquer resposta do povo, utilizando umha violência desmesurada ou as leis que provocam umha sangria económica em organizaçons rebeldes com a finalidade de anulá-las.

Por todos estes motivos e por muitos mais, somos independentistas, porque todos os dias o Estado espanhol e a Uniom Europeia nos demonstram que o seu projeto nom é compatível com o nosso. Imponhem-nos indústrias como ENCE que contaminam a nossa ria e o nosso monte por 60 anos mais, modelos de falsa reciclagem como SOGAMA ou a lei de aqüicultura que é umha sentença de morte para as nossas rias e os postos de trabalho que delas surgem. Ademais, vemos como tratam a outras naçons, que de forma democrática escolhérom nom seguir formando parte do Estado espanhol ou de outros, burlando-se delas, ridiculizando-as e utilizando todo tipo de estratégias para difamá-las e calar a voz dos povos.

Nós, a mocidade rebelde, nom estaremos caladas nem paradas. Estaremos sempre atentas e em luita para defender a nossa terra e o nosso povo, erguendo umha Galiza superadora do capitalismo e patriarcado. Por isso chamamos a mocidade galega a continuar auto-organizando-se, fazendo assim avançar o processo de autodeterminaçom do povo galego cara à construçom da República da Galiza. Porque Galiza somos nós!

Viva Galiza Ceive!

Independência!

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