20D: GANHE QUEM GANHAR, A JUVENTUDE GALEGA PERDE

Dezembro 17, 2015 | Em destaque

Eleiçons 20D(2)

O próximo 20 de dezembro as galegas e galegos estamos chamad@s a votar nas eleiçons às “Cortes Generales” do Estado espanhol numha cita que tem gerado enormes expetativas de mudança, dada a agudizaçom das conseqüências da crise do Capital e a emergência de forças políticas autoproclamadas como renovadoras, que aspirariam a superar o binómio PP-PSOE, de outra parte cada vez mais questionado.

BRIGA nom é alheia à realidade que queremos transformar e olhamos com atençom umhas eleiçons em que somos conscientes de que umha boa parte da juventude trabalhadora galega tem depositadas esperanças de mudança, destacando aliás nesta cita, a alarmante dimensom do eleitorado galego residente no estrangeiro, a maioria jovens, que alcança 16% e é a mais alta de todo o Estado espanhol.

Sondagens, debates a 4, a 9, a 2, capas dos principais jornais com declaraçons dos candidatos, propaganda eleitoral por cada recuncho das vilas e cidades… insistem na etapa decisiva que se está a viver no Estado espanhol e o certo é que qualquer projeto político que aspirar à vitória nom quer ficar à margem das mudanças.

Porém, nós insistimos em perguntar de que tipo de mudanças estamos a falar e em que contribuirám para caminhar na consecuçom dos objetivos e interesses da classe trabalhadora galega, entendendo por estes a aboliçom do Patriarcado, a superaçom do Capitalismo como modo de produçom baseado na exploraçom feroz da maioria pola minoria e de Espanha como projeto nacional garante da imposiçom da ditadura do Capital nos territórios que permanecemos sob dominaçom desse Estado.

E, com certeza, afirmamos que nengumha das candidaturas que se disputam a presidência desse mesmo Estado responsável pola nossa opressom e miséria, aspiram a liderar nengum processo que conduza à desapariçom de Espanha, do Capitalismo e do Patriarcado.

Muitas e muitos retrucarám que atingir espaços nas instituiçons da burguesia pode ser de enorme utilidade para fazer avançar um projeto revolucionário, e nom o negamos. Aceitamos a batalha institucional como mais umha forma de luita mas, certamente, nunca pode erigir-se como a principal e muito menos amparar-se nela para criar falsas expetativas de mudança.

Insistimos pois, na necessidade de ponderar os benefícios que poda supor para a classe trabalhadora galega atingir representaçom nas Cortes do Estado com o dano que supom arrastar o nosso povo ao ilusionismo eleitoral e à fé numhas instituiçons alheias à Galiza e seqüestradas pola classe dominante.

Em BRIGA somos conscientes da situaçom de debilidade em que se acha a esquerda independentista do nosso país e nom pretendemos enganar ninguém. A crítica às candidaturas que se apresentam na Galiza nom deve levar-nos ao autoengano nem a mitigar as próprias fraquezas, que temos a responsabilidade de superar. Entendemos, pois, que a sensaçom de vulnerabilidade em que se acha o projeto de libertaçom nacional e social de género, dificulta a reprovaçom doutras vias sem acompanharmo-lo da construçom de alternativas alentadoras.

Porém, com a mesma honestidade com que reconhecemos eivas próprias, nem caímos no catastrofismo da irreversibilidade dum processo emancipatório na Galiza, nem apoiamos nengumha candidatura eleitoral, convencidas de que os interesses das mulheres, da nossa classe e do nosso povo só serám efetivamente defendidos quando avançarmos na auto-organizaçom nacional, tendo as ruas como espaço de conquista e as instituiçons como elemento acessório.

GANHE QUEM GANHAR, A JUVENTUDE GALEGA PERDE!

 

 

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