1º DE MAIO. Rebeldia Juvenil, Orgulho de Classe

Abril 28, 2015 | Em destaque, Internacionalismo

1 maio 2015

Estamos mui fart@s de ilustrar os nossos comunicados com terríveis cifras de desemprego, precariedade, emigraçom, pobreza e marginalizaçom social. Levamos cargados mais de 7 anos de brutal crise capitalista sobre as nossas costas, com dúas brutais reformas laborais (PP e PSOE) para facilitar que a burguesia mantivesse os seus privilégios. Fazendo-nos pagar aos trabalhadores e às trabalhadoras as desgraças dum modelo produtivo predador da natureza e da saúde física e mental das pessoas.

Acumulamos lustros de destruçom dos setores produtivos que garantiam que teríamos um futuro, mal que bem, no País: o naval, o mar, o agro, a gadaria, o têxtil, a madeira… O processo de reconversom do país deixa-nos o pior de todo: a extraçom rapineira e a produçom antiecológica como a que fai Ence, a geraçom de energia com barragens de Gas Natural que se levam o lucro, a produçom elétrica na refinaria de Repsol apesar da suba exponencial do consumo doméstico de luz, a liberalizaçom sem garantias da produçom leiteira, o império Inditex erguido sobre cifras de desemprego juvenil arrepiantes, a privatizaçom e bancarizaçom das caixas…

A U€ tem dado a Espanha o papel de coroa do turismo, paradiso do casino e a corrupçom, um território saqueado com mais capital em Suíça que no próprio Estado. Umha monarquia “democrática” onde aninha o conservadorismo educativo mais penoso do continente, um sistema político bipartidista com versom 2.0 em perfeito funcionamento, e umha fenda social imparável que nos achega do terceiro mundo.

E Espanha tem dado a Galiza o papel de serva castrada que tanto lembra a doma iniciada há 500 anos: reserva de mao de obra barata exportável ao resto do Estado. Um avelhentamento poboacional insostível com pensons mais baixas que a média. E umha cultura milenária arrasada polo espanhol.

Deixam-nos umha economia de serviços com milhares de jovens a trabalharmos arreu com horas sem cobrar, recortes de pessoal, salários de “mantenimento”, ignoráncia sobre direitos laborais, falta de organizaçom sindical, despedimento livre, eterna contrataçom temporária, imensa carga de trabalho…

Galiza nom está a morrer; estám-no-la a matar dia a dia. Querem-nos sumid@s na desesperança e a frustraçom. E @s jovens de hoje temos que contestar. Com ORGULHO DE CLASSE e o caminho incerto mas prometedor por diante. Nom há mais miséria que este presente. Temos apenas as cadeias que perder. Espanha e a U€ som a ruína da juventude galega.

1º de MAIO: REBELDIA JUVENIL. ORGULHO DE CLASSE!