XII JRJ: construindo o caminho da Rebeliom Juvenil

Junho 30, 2016 | Atos, Campanhas, Em destaque

Cartaz 2016 Concerto

CONSTRUINDO O CAMINHO DA REBELIOM JUVENIL.

Mais um 24 de julho aproxima-se, e a mocidade de extraçom popular há de sair às ruas, com alegria revolucionária, para reivindicar que a Galiza somos as trabalhadoras em precário, as desempregadas, as jovens obrigadas a emigrar e que dia a dia construimos o caminho da rebeliom juvenil. Gostaríamos de dizer que chega cheio de cámbios e esperanças renovadas, que as condiçons materiais da nossa classe experimetárom umha destacável melhoria, que os que se autoproclamárom representantes da juventude trabalhadora cumprírom as suas promessas e que, hoje, graças a eles a nossa emancipaçom acha-se mais perto. Mas nada parecido, de facto enunciá-lo resulta quase irrisório.

As condiçons de vida da juventude trabalhadora galega continuam a degradar-se. Nom é necessário que nos paremos em sisudas análises com multidom de cifras para perceber que seguimos sofrendo uns índices de desemprego juvenil dos mais altos do Estado, os estudos superiores nom reportam o éxito prometido e a emigraçom segue a vender-se como a única saída, ao tempo que a temporalidade e a precariedade é reinante nos já de por si disputados postos de trabalho.

Também a repressom contra os movimentos populares aumentou vertiginosamente. No que vai desde o passado 24J, três estudantes, entre eles um companheiro de BRIGA, fôrom acusados e julgados com petiçons de nove anos de cadeia polo escracho a um dos máximos representantes na Galiza da miséria que estamos a descrever, Núñez Feijóo; expulsárom-se bandeiras da Pátria dos encontros desportivos, processárom jovens por defender um ensino público e de qualidade, criminalizárom moças que se defendiam da violência machista e como colofom, ilegalizárom Causa Galiza pola sua atividade política enquadrada na esquerda independentista.

A nível internacional achamo-nos numha situaçom de crescente ofensiva reacionária, como mostram as campanhas mediáticas contra Venezuela ou o golpe institucional em Brasil. Também no continente europeu a situaçom de regressom é clara, com dous fatos que o marcam claramente: dum lado o recorte em liberdades com a excusa da penetraçom na Europa do “terrorismo islamista” e doutro, a chegada de pessoas refugiadas, que precisamente fogem dos seus países de origem polas guerras que ali promoveu e financiou ocidente.

Como se diria informalmente, sim, “todo som problemas” mas nom por detetarmos a dureza da realidade que nos toca viver, estamos ancoradas no pessimismo.

Antes ao contrário, a mocidade organizada em BRIGA apelamos a sermos conscientes do que realmente enfrentamos, a medir as forças do inimigo para sabermos engrandecer e fortalecer as próprias.

Sabemos que isto nom é umha labor singela e que nos últimos anos o projeto nacional galego experimentou retrocessos mas também avanços que temos que ser capazes de reconhecer e pôr em valor.

Como sempre dixemos, um dos maiores riscos de acolher a via institucional como o principal ou único espaço de trabalho político por parte de forças da esquerda soberanista, é que conduze o povo à fé absoluta numhas instituiçons sequestradas pola minoria dominante e nom só nom intervém noutros espaços de trabalho fundamentais, mas despreza ou nem sequer percebe os avanços que de se dam nesses outros campos.

Nós rechaçamos os discursos da derrota e ficamos com a Galiza dos centros sociais, do desporto misto e de base, das escolas infantis que paseninho se vam espalhando polo país, do estudantado que se une para criar ferramentas ao serviço do ensino galego e popular, da mocidade rebelde que paga o seu compromisso com perseguiçom, criminalizaçom e a própria cadeia. Ficamos com a Galiza mais conscientemente escondida e censurada, a que cria e constrói, a que timidamente, longe do foco mediático e do jogo eleitoral, se vai abrindo passo.

Porque sabemos que essa é a via para fazer caminho; trabalho paciente, compromisso, rebeldia, solidariedade, luita, luita e mais luita!

Avante a juventude rebelde galega!

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