VENCER OU MORRER. STOP TERRORISMO MACHISTA

Novembro 25, 2015 | Feminismo, Feminismo e Antipatriarcado

25-N 2015(1)

Hoje fam-se 45 anos desde o brutal assassinato das irmás Mirabal e hoje, o seu símbolo de luita e resistência mantém-se com a mesma vigência.

Dentro do modo de produçom capitalista, o Patriarcado desenvolve-se com tal nível de violência que o nosso berro de raiva e protesta acaba na disjuntiva “vencer ou morrer”: ou derrubamos o sistema patriarco-burguês ou na outra parte do silogismo só encontraremos violência. A realidade é assim de crua e a sua brutalidade tem que ser trazida à tona para contra-arrestar o efeito anestésico dos meios de comunicaçom.

Os dados som estarrecedores. Umha em cada três mulheres no mundo foi agredida física ou sexualmente. Se o eurocentrismo que padecemos fai que observes a estatística com distáncia, com o convencimento de que é noutras latitudes em que a violência machista adquire esse alto grau de reproduçom, que é fruto doutras mentalidades e, mesmo sendo consciente de que a intervençom imperialista ocidental é um dos agentes que mais violência exerce sobre esses territórios, talvez penses que isto em Ocidente nom passa (ou nom passa tanto). Porém, entre 45 e 55% das maiores de 15 anos da Europa “do progresso e a igualdade” foi assediada sexualmente. Se che levar mais de 107 segundos ler estas linhas, mais dumha mulher foi agredida sexualmente nos Estados Unidos enquanto o fazias. No nosso país assassinárom oito mulheres no que vai de ano.

Com tudo, mesmo havendo um rechaço praticamente generalizado da violência machista, a resposta contra o feminícidio é socialmente fraca. Os meios de comunicaçom escondem a dimensom patriarcal dos casos de agressom no seio familiar ou afetivo quando nom os tornam num sucesso frívolo, casual e mesmo justificável. As intervençons militares causam muitíssimas mortes, mas é ter família a situaçom que mais pom em perigo a vida dumha mulher: umha em cada duas mulheres assassinadas em 2012 morreu a maos dum familiar ou companheiro íntimo.

A luita feminista é umha luita pola nossa emancipaçom, umha luita pola preservaçom da nossa integridade física e mental, é umha luita pola supervivência e a arma mais efetiva que temos à nossa disposiçom é a auto-organizaçom. Este 25N berramos nom-patriarcado ou barbárie!

STOP terrorismo machista!

Até a vitória sempre!