SEM LÍNGUA NOM SOMOS. DIA DAS LETRAS 2019.

Maio 16, 2019 | Língua

Para o 17 de maio, Dia das Letras Galegas, de BRIGA queremos fazer as seguintes consideraçons:

Neste 17 de maio, como cada ano, saímos às ruas para berrar que nom nos vam deixar sem língua.

Os dados som claros: o galego é cada vez menos falado polas moças do nosso país. Nas últimas décadas acelerou-se a desgaleguizaçom das mais novas, quebrando a transmissom intergeracional e convertendo a nossa juventude na primeira geraçom da história da Galiza que tem como primeira língua o espanhol.

A língua mostra desse modo as nefastas conseqüências que tem para qualquer povo a falta de soberania política, pondo em risco o seu futuro. BRIGA, como organizaçon juvenil, tem mui clara a importância estratégica da defesa do idioma para a construçom dumha Galiza soberana e dona de si mesma. Também os espanholistas o sabem, assim como da importância e efetividade de impôr o espanhol dentro dum projeto de homogeneizaçom da Espanha-naçom.

Por isto defendemos que “Sem língua nom somos” e que a juventude tem um papel fundamental na reivindicaçom consciente do direito a viver as 24h do dia e em todos os ámbitos na nossa própria língua. O dia das Letras Galegas nom é um mero efeméride no almanaque de feriados, mas um dia onde se torna imprescindível reivindicar a construçom de espaços monolíngües em galego, a dignificaçom da língua no ensino, nos meios de comunicaçom, nos serviços públicos…

Mas nom damos a batalha por perdida, contamos com ferramentas potencialmente satisfatórias para a recuperaçom efetiva do galego. Ámbitos laborais, sindicais, culturais, musicais, educativos, desportivos e de ativismo popular em que pessoas novas conseguimos tornar realidade o ansiado direito à língua.

Entre os recursos com que contamos, está um totalmente desprezado polas forças responsáveis da política lingüística oficial até hoje: o reintegracionismo lingüístico. De BRIGA consideramos esta estratégia a única viável para a conservaçom da nossa língua num mundo no que a utilidade semelha ser o único argumento válido. Pulamos pola reintegraçom do galego na súa rama lingüística original, a lusófona, e pola internacionalidade da nossa língua como vantagem a aproveitar no conflito linguístico do País. Nom nos submetemos às limitaçons autonómicas com que o espanholismo pretende isolar o galego num território no que compete contra o seu imperialismo e dominaçom, também na língua.

Por isto, naquelas comarcas onde haja bloco reintegracionista participaremos e chamamos a participar, como cada ano, defendendo a nossa língua.

Por último, nom queremos deixar de reivindicar o papel das mulheres na língua, na literatura e no conjunto das artes. A pesar de que as instituiçons teimam em nos silenciar e esquecer cada dia e, o 17 de maio, ano a ano; nós, as moças revolucionárias, sabemos que só com as mulheres se defendem a língua e o País.

Por que sem língua nom somos, na Galiza em galego.

Vemo-nos nas ruas!

Letras19v2