POSICIONAMENTO NO ANIVERSÁRIO DO 1 DE OUTUBRO.

Setembro 30, 2018 | Em destaque

desenho1out

Posicionamento 1 de outubro.

Topamo-nos imersas na recomposiçom do regime de 78, um fechamento em termos regressistas e autoritários a crise escalonada que viveu o Estado em termos econômicos, territoriais e de legitimidade institucional. Em pleno retrocesso reacionário no Estado existe um faro incontestavelmente democrático e progressista, esse faro constitui-no o povo catalám.

Por isso no aniversário do referendo de autodeterminaçom do 1 de outubro, BRIGA, juventude comunista e feminista da esquerda independentista galega, quer manifestar o seguinte:

  1. Transmitir a solidariedade da juventude comunista, feminista e independentista galega ao conjunto do Povo Trabalhador catalám posicionando-nos sem nengum tipo de timoratismo com as organizaçons e militância que, desde as trincheiras da juventude, desde as assembleias de bairro, desde o sindicato, desde as ferramentas do estudantado, nas luitas polo teto digno, desde o movimento feminista, desde os Comitês na Defesa da República, desde o Partido e a frente institucional… desde o conjunto do campo político, sindical e social sustentam umha extensíssima rede que opera a múltiplos níveis no caminho de articulaçom efetiva da República na Catalunya.

  2. Afirmamos com rotundidade que tanto na Galiza como nos Països Catalans só a classe operária tem a capacidade de direçom e conquista da independência e a soberania nacional. Recolhemos neste processo a linha da esquerra independentista que impulsa a desobediência e o conflito nos centros de trabalho e de ensino, nas ruas e na instituiçom contra o aggionarmento amossado nos últimos meses pola pequena-burguesia, aguardamos polo tanto sucesso nas suas táticas e programa e a incardinaçom das mesmas com a inteligência e inovaçom política que lhes caracterizam. 
  3. Denunciamos a subordinaçom do poder judicial espanhol aos interesses políticos da oligarquia e das elites do estado. Exemplos disto som a violaçom de todos os sistemas destinados a proteger a açom política, o encarceramento e exílio dos líderes do processo autodeterminista, as constantes interseçons entre política e judicatura, o nomeamento por interesses estritamente políticos do Conselho Geral do Poder Judicial e o recente incremento dos poderes e funçons da Comissom Permanente. Entendemos como o entendem também diferentes estados de Europa que a justiça do Estado espanhol supom umha anomalia ao resto de democracias burguesas ao nom existir neutralidade da fiscalia ou independência algumha no poder judicial. 
  4. O Estado espanhol decretou, ao aplicar o 155, um cenário semelhante ao estado de exceçom. A defesa das liberdades políticas básicas, como o direito de reuniom, manifestaçom e expressom constitui hoje um eixo de intervençom fundamental. Do mesmo jeito nom podemos dissociar a defesa das liberdades civis da defesa do direito dos povos à autodeterminaçom. 
  5. Denunciamos a covardia e o chauvinismo da meirande parte das esquerdas estatais, que desde a chamada “diálogo” e a “saída pactuada” só contribuírom a estender visons reacionárias no nosso povo e à nom clarificaçom do conflito entre amplas capas da sociedade galega. Entendemos que esta linha só é mais outra mostra da sua contraposiçom de facto aos direitos de autodeterminaçom dos povos do Estado.
  6. A autodeterminaçom dos povos constitui o melhor instrumento da nossa classe no caminho da sua liberaçom ao trastocar o quadro de acumulaçom de capital e exploraçom da força de trabalho e dos recursos da terra que constitui a monarquia bourbónica. Seguiremos apostando pola articulaçom dum campo político amplo na Galiza que defenda sem ambigüidades a necessidade do nosso povo a autodeterminar-se e ligue a conquista da República Galega às melhoras vitais da classe trabalhadora e à direçom da vida política, social e econômica numha futura Galiza independente e soberana polo conjunto da sociedade galega.

briga