Jovens precárias em rebeldia

Março 7, 2017 | Em destaque, Feminismo

8M
Cada 8 de março reivindicamos o Dia da Mulher Trabalhadora. Como tal, nom podemos senom denunciar a situaçom na que as jovens nos vemos de cara ao despempenho do trabalho, condicionado polo rol que o patriarcado lhe atribue ao nosso género.

As relaçons de produçom que se dam no capitalismo som desfavoráveis para as operárias pola maisvalia que nos é substraída. Polo feito de ser mulheres isto vê-se agravado em relaçom aos nossos companheiros, já que realizando o mesmo trabalho percebemos menos salário, temos os postos com piores condiçons laborais, é-nos mais difícil aceder aos postos de maior poder ou responsabilidade, entre outros. Porém, além do trabalho assalariado e da precaridade à que este nos submete, o capitalismo explora-nos com trabalho que nom reconhece como tal, como produtivo, e é o emarcado no mundo dos cuidados e da reproduçom, sendo obrigadas a desenvolver estas tarefas de jeito gratuito e à margem de todo reconhecimento social sobre a sua funçom ou valor. É portanto ocultada a base que move o mundo, se nós paramos para a sociedade inteira.

Só achegando estes pontos chave rápido nos decatamos de que todo trabalho exercido por mulheres é devaluado, empurrando-nos inevitavelmente a umha categoria social inferior à do homem. Todo este tratamento de cara às mulheres no seu papel na produçom é violência económica, a que nom fai senom aumentar a nossa vulnerabilidade social, como um exemplo claro da violência machista, cujo aspeto mais aberrante se manifesta nos feminicídios.

Frente à violência económica do capital; ao monopólio sobre os nossos corpos; à violência simbólica do Estado burgués sobre nós, negando a questom de género e relegando-a a algo marginal dentro da sua estrutura; a uns meios de comunicaçom de propaganda que nos vitimizam e nos amedrentam em aras de perpetuar as lógicas do sistema; tecemos solidaridade e com rebeldia e orgulho de classe, as mulheres precárias seguimos em pé contra o patriarcado.