INTOXICAÇOM, MENTIRA E MAIS REPRESSOM: FÓRMULA ESPANHOLA CONTRA A REBELDIA JUVENIL

Abril 25, 2014 | Direitos e Liberdades, Em destaque, Notícias, Repressom

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Durante a sua comparecência o passado dia 23 no Senado, o diretor geral da polícia espanhola citou a nossa organizaçom como participante nos distúrbios acontecidos entre manifestantes e unidades de choque do seu corpo em 22 de março em Madrid.

Ignácio cosidó, cargo político…, cargo político do ministério do Interior, compareceu para advertir dumha pretensa “radicalizaçom” dos protestos populares, utilizando todo um recital de propaganda mediática perfeitamente orquestrado para colocar o passado 22M como ponto de inflexom dumha suposta violência que deve ser atalhada. 

A polícia, a mando do governo e do seu ministério de Interior dirigido por Jorge Fernández Díaz, tem aproveitado este pontual episódio para reagir ante a crescente deslegitimaçom social da intervençom policial. 

BRIGA quer fazer constar:

1. Nom participamos da famosa marcha do 22M em Madrid. Nom só nom o figemos, senom que nem tam sequer publicitamos o seu desenvolvimento porque nom formávamos parte da sua organizaçom nem aderentes.

2. O facto de o chefe da polícia espanhola mentir, consciente ou inconscientemente, sobre a participaçom de organizaçons na marcha testemunha um péssimo trabalho da sua brigada de informaçom ou, no seu defeto, um objetivo criminalizador indiscriminado.

3. A mençom a BRIGA entre umha série de organizaçons juvenis e independentistas de diversos territórios do Estado espanhol certifica o que tod@s sabemos: a colocaçom num “ficheiro” de observad@s a tod@s aqueles/as que se organizarem sob parámetros políticos cujo direito à intervençom pública, se bem garantida formalmente pola constituiçom, é claramente vulnerada pola infiltraçom e a perseguiçom dum estado que só se pode qualificar de policial e repressor.

4. É preocupante que a polícia espanhola realize estes exercícios de autopropaganda e vitimizaçom. Nom nos enganemos. A comparecência da cabeça do braço armado do poder nom é casual nem espontánea; responde a umha planificaçom da repressom a exercer no futuro imediato. 

BRIGA solidariza-se com todas as pessoas e coletivos perseguidos, criminalizados, e que levam nom meses, mas anos de experiência de repressom, criminalizaçom sem direito a réplica, e ameaças de castigos do poder. Em concreto, aproveitamos esta ocasiom para trasladar especificamente este apoio e solidariedade às verdadeiras vítimas do 22M, @s que coerentemente luitam por um futuro melhor.

Como conseqüência de todo isso, e sabendo que as vítimas da polícia espanhola nunca temos direito a ser recebidas nas instituiçons espanholas para denunciar ante as câmaras de todo o Estado as nossas feridas, os nossos mortos, e a nossa perseguiçom, apelamos encarecidamente ao conjunto das pessoas democratas deste país a colaborar na difusom desta mensagem que nom sairá em televisom.

É dever de toda pessoa digna de ser chamada democrata, colaborar a pôr freio até onde pudermos à mentira e violência do poder. Eles tenhem as suas armas. Nós temos que fazer valer as nossas.

QUE NOM TE MINTAM!

QUE NOM TE REPRIMAM!

REVOLTA-TE!