Grupo viguês tira rédito do SMI e contratará dúzias de jovens por salários de passar fame

Janeiro 28, 2014 | Em destaque, Notícias, Sócio-laboral

images

 

O grupo viguês FEMXA, dedicado à teleformaçom ou e-learning em terminologia inglesa, acaba de saltar à informaçom nacional por umha estarrecedora oferta laboral que cambaleia os mais elementares critérios de dignidade salarial. Parabéns!

FEMXA procura jovens menores de 30 anos, “preferentemente licenciad@s” (sic) para um contrato de 6 meses mínimo para um total de aproximadamente 150 empregos que começariam o próximo mês. A gerência da empresa tem anunciado esta oferta, suculenta com mais de 55% de desemprego nessa faixa etária, aproveitando o SMI (Salário Mínimo Interprofissional) de 645,30 €

FEMXA nom demorará em ter jovens às portas esfamead@s por ganharmos algo de dinheiro com que, mais que comer, poder ajudar aos custos familiares, pessoais ou coletivos. Pois para pouco mais dá o SMI estabelecido por Madrid e que este ano ficou congelado em níveis de pobreza segundo os estudos internacionais.

FEMXA tem sede central em Vigo, embora trabalha por todo o Estado. Tem convénios com a administraçom pública, com as universidades, com os sindicatos UGT e CCOO, com a Cruz Vermelha Espanhola, com academias privadas de formaçom profissional, etc. Toda umha maranha pública e privada de contatos que lhe permitem aproveitar-se da gente mais nova ou que procura na formaçom extra incertas alternativas ao precário presente.

Porém, é habitual encontrar denúncias anónimas de jovens que se consideram estafad@s polos cursos ao encontrar inexistentes as saídas laborais alegadas. Também polo sindicato CIG, que tem qualificado de “menospreço ao pessoal e condiçons precárias” a situaçom do próprio plantel da empresa.

O caso desta ocasiom nom é disinto: fai-se dentro dum programa em colaboraçom com o Serviço Público de Emprego estatal e a Junta. A base dos cursos é a tam famosa e aplaudida “formaçom dual”, que combina a aprendizagem com a prática laboral outorgando portanto produtividade às empresas em período formativo sem repercusom na economia popular.

CONTRA A ESCRAVIDOM!

LUME À PATRONAL!

JUNTA RESPONSÁVEL! CCOO E UGT CÚMPLICES!

Tags:,