Enfrascar-se no problema; fugir da soluçom
Abril 25, 2014 | Em destaque, Notícias, Sócio-laboralO jornal burguês de máxima difusom no país, La Voz de Galicia, publicou umha extensa informaçom jornalística com sabor amargo a respeito da combinaçom de emigraçom juvenil e baixa natalidade como fatores de avelhentamento nacional. A reportagem de La Voz coincide no mesmo mês com as declaraçons da conselheira de Trabalho e Bem-Estar, Beatriz Mato, falando de “alerta vermelha” pola crise demográfica.
Embora bem acompassadas no tempo, nengumha das declaraçons da líder política nem do jornal vam além da especulaçom ou, como muito, o estudo superficial das causas (por outra parte bastante óbvias) da fenda generacional. Em ambos os casos ignoram na prática indicar linhas paliativas ou delatadoras comparativas históricas, e nem de longe se introduzem na árdua mas urgente tarefa de estabelecer mecanismos imediatos de cobertura e proteçom social que favoreçam o combate a esta lacra.
BRIGA leva toda a sua história a sinalar a emigraçom e a constante perda de populaçom juvenil, por trás da qual encontramos dramáticos índices de precariedade, desemprego, desindustrializaçom e deslocalizaçom produtiva, fomento do megaexplorado setor serviços como salva-vidas, carência de soberania política, educaçom pública desmantelada, salários e pensons de miséria, etc. Todos estes e outros motivos tenhem sido em numerosas ocasions denunciados por nós com achegas de dados e informaçom objetiva, junto com a intervençom agitativa de rua.
Pode parecer mentira que a conselheira e BRIGA denunciemos com artilharia dialética um mesmo problema. A diferença está em que nós queremos oferecer soluçons, porque somos @s principais interessad@s em encontrá-las, e ela apenas realiza marketing político sem completar o seu trabalho com políticas ativas que desmontem o pesadíssimo fardo com que cargamos desde há séculos: o subdesenvolvimento frente a um projeto nacional espanhol que nunca contou com Galiza mais do que para vender a nossa força de trabalho e riqueza natural a quem ofereça o melhor preço e com ofertas de saldos.
Como se pode explicar, senom, que a Junta de Galiza seja incapaz de desenhar a mais básica política efetiva de emprego juvenil, ou mesmo desafiar com valentia e patriotismo com trazer de volta @s milhares de exilad@s? Só se pode compreender baixo o critério da dependência política, e a conseqüente falta de competências do marco autonômico para enfrentar tais problemas. E também porque nem Mato nem Feijó som mais do que parte do problema que eles próprios deveriam resolver. De quererem acabar com o problema, teriam que abandonar o barco dos “vencedores”.
É difícil ocultar que Espanha utiliza Galiza com fins mercantis quando temos passado de representar quase 11% a 6% da populaçom total do Estado num século. Este processo de ofensiva pola liquidaçom de Galiza continua, garantido com o selo da MarcaEspaña. Entretanto há toda umha batalha por proteger os nossos setores produtivos, potencializá-los e fazê-los competitivos a nível internacional, abrir novas vias de investigaçom e desenvolvimento para favorecer o surgimento de novas indústrias no país, adequar o ensino às necessidades de aqui e agora. Essa batalha dam-na os marinheiros do cerco, @s estudantes e @s jovens que nom queremos o “exílio laboral”. Dam-na @s obreir@s do naval. É dizer, aqueles/as que a padecem. E dessa batalha fogem covardes os vozeiros do regime, seja Mato ou La Voz, encarregados de fazer umha diagnose da realidade no canto de comprometer-se a transformá-la. É dizer, os que a causam.
À volta deste 1º de maio teremos a oportunidade de demonstrar a atualidade deste pensamento que nos orienta à independência nacional e a consecuçom dum Estado socialista. Porque o capitalismo e Espanha levam já demasiado tempo provando a sua incapacidade para gestionar por delegaçom o futuro dum país riquíssimo sumido na diluiçom centrífuga da sua juventude ao redor dos cinco continentes.
PAREMOS A EMIGRAÇOM, PAREMOS A ESPANHA!
STOP À ANIQUILAÇOM NACIONAL!
QUE NOM TE DEIXEM PARAD@: REVOLTA-TE!