AÇONS CONTRA OS ABUSOS DO OLIGOPÓLIO ELÉTRICO

Março 9, 2017 | Em destaque


Estes dias passados chegavam à nossa conta de co-e imagens de boicotes localizados por diversos pontos do país, contra estabelecimentos das principais empresas que controlam a produçom elétrica no Estado espanhol.

O passado mês de janeiro o preço da eletricidade disparava-se mais de 50% coincidindo com o período de maior consumo elétrico dada a forte baixada de temperaturas própria do inverno, e esta mesma semana também se anunciava umha nova suba na fatura da luz. Foi assim como as classes populares tivemos que assistir ao espetáculo mais macabro onde os próprios gestores do sistema, com o governo do PP à cabeça, nos recomendavam fazer um “consumo responsável” (!!) e nom esbanjar para que a fatura nom sofresse umha suba que já era inevitável.

A lógica neoliberal que fijo que já com o governo de Aznar, a eletricidade ficasse controlada polo oligopólio conformado por Endesa, Iberdrola, GasNatural/Fenosa, HC Enerxía e E.On, impom-se com cada vez mais violência contra a maioria social, que se vê condenada à chamada pobreza energética, um conceito cada vez mais utilizado na própria imprensa do sistema por impossível de invisibilizar, mas que também poderíamos chamar de pura e simples pobreza.

As pessoas idosas com pensons irrisórias e a saúde mais suscetível som, sem dúvida, quem mais sofrem o horror dum capitalismo voraz guiado só pola necessidade de aumentar a taxa de lucro. Num sistema em que todo é mercantilizado, é cada vez mais ridículo ouvir falar de direitos: direito à vivenda digna, direito à água, direito à saúde…pois no momento no que há que comprá-los com dinheiro, nom podemos falar de direitos mas de privilégios.

O sistema capitalista está cada vez mais polarizado: umha minoria cada vez mais cativa, enriquece-se de jeito imparável, enquanto umha maioria em crescimento é conduzida à miséria.

Eis a nossa realidade. Numha Galiza com taxas de desemprego oficiais do 17%, do 37% se falamos de moças e moços de menos de 25 anos, com umha fatura elétrica claramente abusiva e descompensada por ser o nosso um país excedentário de energia, é preocupante nom contarmos com um movimento de protestos nas ruas contra um dos exemplos de maior provocaçom que o Capital dirigiu contra a classe trabalhadora nos últimos meses.

Por isso, acolhemos com agrado as mostras, por pequenas que estas sejam, de rebeldia e boicote aos principais causantes da miséria e pobreza das trabalhadoras e trabalhadores galegos.

Com o 10 de março, Dia da Classe Operária Galega, tam próximo, nom encontramos melhor forma de homenagear a Amador e Daniel, que mantendo viva a luita pola conquista dos nossos direitos, pola conquista, em definitiva, do poder para a maioria.

Contra os abusos do Capital, nem um passo atrás!
Avante a luita juvenil!