8M: O MEU CORPO É MEU. Jovens rebeldes revoltamo-nos contra o patriarcado

Março 3, 2014 | Em destaque, Feminismo e Antipatriarcado, Notícias

Cartaz Desmitifiquemos o assédio.

Quando se achegam celebraçons como a do 8 de Março, aquelas a quem nos repulsam os anúncios da venda de flores com que parabenizar as mulheres nessa data, aquelas que nos indignamos com as novas que durante esses dias nos bombardeiam e que nos dim o próxima que está a igualdade, aquelas que vemos como umha jornada de luita é convertida em mais um feriado, nu da carga ideológica que tinha, somos as mesmas que temos a necessidade imperiosa de chamar a atençom para a dimensom mais política e histórica da efeméride.

Consideramos que o primeiro passo é denunciar como o sistema patriarco-burguês sabe balançar-se mui bem entre a repressom e a assimilaçom, pois à hora de neutralizar um elemento cuja existência resulta perigosa para o mantimento do aparato de dominaçom, pode resultar muito mais eficaz a adaptaçom deste elemento do que seria a sua própria proibiçom. Assim, toda introduçom no sistema de pequenas “concessons” devem ser analisadas como vitórias após umha luita, sim, mas devemos seguir em alerta permanentemente para que estas batalhas que ganhamos nom sejam despolitizadas, tergiversadas, injuriadas; em muitos casos, graças à “institucionalizaçom” como mecanismo de controlo e manipulaçom ideológica.

É por todo isto polo que em BRIGA queremos reclamar mais umha vez a indiscutível vertente de classe que tem a celebraçom do 8 de Março, junto com a combatividade do feminismo organizado ao longo destes dous séculos sem a que nom se poderia entender como o Dia da Mulher Trabalhadora chegou aos nossos calendários. Há mais dum século que tivo lugar a II Conferência Internacional das Mulheres Socialistas em Copenhaga, onde Clara Zetkin e outras mulheres obreiras propugêrom a realizaçom anual do Dia Internacional da Mulher Socialista, e que mais tarde passaria a ser o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora. Fai parte da nossa história e como tal a reivindicamos com orgulho, com orgulho de classe e de género. Nom permitiremos que nos ocultem mais referentes nem nos despolitizem os que tínhamos e assim o deixaremos claro neste 8 de março.

A grave ofensiva patriarcal com que nos ataca o governo do PP marcou a reivindicaçom temática na Galiza para esta data: “Polos nossos direitos sexuais e reprodutivos” é a legenda sob a qual percorreremos as ruas de Compostela este 9 de março.

As jovens organizadas em BRIGA manifestaremo-nos berrando bem forte que o nosso corpo é nosso, o que significa que nom imos permitir que legislem sobre o nosso direito a decidirmos sobre ele; significa que luitaremos por umha sexualidade livre, despojada de toda carga patriarcal; significa que nos rebelaremos ante a exploraçom que o patrom fai da nossa força de trabalho; significa que nos opomos a ser as consumidoras vorazes que exige de nós o sistema; significa reclamar que nom somos qualquer mercadoria, que nom se nos cousifica nem se nos converte em meros objetos sexuais para o desfrute masculino. Reivindicar que o nosso corpo é nosso significa que as jovens rebeldes galegas estaremos em revolta contínua contra o patriarcado até conseguirmos a emancipaçom nacional e social de género da Galiza.