REPRESSOM E CRIMINALIZAÇOM: RECEITA ESPANHOLA CONTRA A REBELDIA JUVENIL

Abril 8, 2014 | Em destaque, Repressom

Concentraçom

Desde primeira hora, um grupo de pessoas solidárias aguardávamos na manhá de hoje às portas dos julgados das Fontinhas (Compostela) à espera de que passassem a disposiçom judicial @s 6 jovens que ao longo da tarde de ontem fôrom detid@s sem conhecermos quais eram as causas. Só foi através da imprensa sistémica que chegamos a saber que as nossas companheiras/os fôram alvo dumha operaçom repressiva, orquestrada desde Madrid, contra a sua suposta participaçom nos dignos protestos que protagonizárom os e as trabalhadoras do mar em Compostela na defesa do setor do cerco.

Após várias horas de espera, nom foi até as 14h que chegárom @s 6 jovens aos julgados para prestar declaraçom depois da qual fôrom saindo umha a umha para serem recebidas por um grupo de jovens solidárias/os entre berros de “A luita é o único caminho”. A primeira delas em sair do julgado foi Antia, companheira da organizaçom irmá AGIR, que nos informou que as provas que tinham contra ela consistiam em material gráfico no que supostamente fora identificada a sua presença.

Antia negou corresponder-se com a identidade da pessoa que aparecia nas fotografias e vídeos que a polícia espanhola empregou para acusá-la, embora às portas do julgado reafirmou o seu compromisso com a luita do povo trabalhador galego, e o seu apoio solidário às e aos trabalhadores do mar que naquele dia contárom com a ajuda de dúzias de jovens e estudantes que também saírom às ruas.

Atentado contra a autoridade, desordens públicas, lesons e danos, som os delitos que se lhe imputam às/aos 6 jovens militantes de AGIR, Xeira e o CEL. Militáncia política que nos fai pensar em que esta operaçom policial nom é casualidade, bem ao contrário, responde à via autoritarista e repressiva que o governo espanhol reforça exponencialmente. Castigos exemplares e criminalizaçom da luita juvenil independentista e anticapitalista, que o aparelho mediático já se encarrega de fomentar. As notícias que pudemos ler na imprensa burguesa insistiam todas elas em que @s 6 pessoas detidas nom tenhem nada a ver com o setor do cerco, criando a falsa ideia de que est@s jovens se correspondem com “grupúsculos radicais” (como gostam de dizer) que assistem a qualquer mobilizaçom com o único objetivo de “gerar violência”.

A realidade é bem diferente. @s seis jovens detid@s som conscientes de que as luitas do cerco, do naval, da sanidade, contra os despejos, polas preferentes… ao igual que as que defendem a escola galega e pública, o direito ao aborto, o nosso idioma som luitas do povo trabalhador galego e como moças/os que se sabem pertencentes a umha classe e umha naçom explorada, assumem a responsabilidade, o direito e o dever de apoiar e contribuir ao seu sucesso.

De BRIGA reiteramos o nosso orgulho pola liçom de dignidade dada pola juventude estudantil que no passado 11 de março apoiou aos verdadeiros e verdadeiras protagonistas daquela jornada, as e os trabalhadores do mar. E nem a repressom policial nem a intoxicaçom mediática conseguirám desluzir aquela digna resposta dada polo povo trabalhador galego com o estudantado popular como aliado.