[1º de maio] 100 anos depois, as contas claras: socialismo ou caos

Abril 28, 2017 | Campanhas, Em destaque

1º Maio 2017

Mais um ano chega o 1º de maio, o dia no que milheiras de trabalhadoras de todo o mundo saem às ruas, com o orgulho dumha única classe, 131 anos após a massacre de Chicago que daria referencia a esta data, 129 anos desde que a II Internacional decidira espalhar a celebraçom por todo o mundo, 100 anos depois do triunfo da classe trabalhadora na Rússia.

Passou mais de um século desde o inicio da principal tradiçom do movimento proletário, todo um percurso no tempo marcado pola evoluçom do sistema capitalista e das suas ferramentas de opressom, as quais, hoje nas Galiza do 2017 as jovens galegas continuamos a sofrer e contra as quais continuamos a luitar e organizar-nos. Continuamos a ser a potencial mao de obra barata ao serviço das empresas, seguimos sendo as jovens empurradas ao mundo laboral mais devaluado por nom poder pagar o ensino superior, as condenadas a trabalhos precários, temporais e instáveis. Obrigadas pois a nem podermos pensar na possibilidade da emancipaçom, de nom ser que esta seja conseguida através da migraçom.

Quase dez anos após o começo da crise, o Estado enche peito e fala do final da mesma, mas na realidade segundo o IGE (Instituto Galego de Estatística) 42.094 é o numero total de jovens entre 16 e 29 anos na procura de emprego; a esta cifra temos que somar-lhe 103.092 galegas de 16 a 35 anos que desde o 2008 virom-se forçadas a deixar o pais para buscar um futuro digno. Na Galiza, a juventude trabalhadora estamos condenada à precariedade. Para a burguesia a exploraçom laboral está à ordem do dia. E nom só, o roubo e saqueio público, a descarada e criminosa corruçom monstra como nem tam sequer respeitam a sua própria lei, e nestes casos quase sempre saem impunes, ao tempo que a classe trabalhadora é brutalmente reprimida por defender os seus direitos, luitar por conseguir avanços ou simplesmente expressar ideias nom coincidentes com os estreitos limites da ideologia dominante.

Aliás, num contexto de aguda ofensiva racista e xenófoba, queremos apelar à necessidade de praticar a solidariedade internacionalista, a unidade de classe de todas as trabalhadoras e trabalhadores do mundo contra o nosso inimigo comum: a burguesia.

Continuamos acreditando em que a única alternativa é a organizaçom para avançar para umha sociedade da maioria e para a maioria, o socialismo. Por isso este 1º de maio, 100 anos após a revoluçom Bolchevique, a classe trabalhadora deve sair a encher as ruas de todos os países do mundo.

Viva o 1º de Maio!

Viva à juventude trabalhadora!