17M: A JUVENTUDE NAS RUAS POLO MONOLINGÜISMO SOCIAL

Maio 15, 2018 | Em destaque

17 maio 2018

17M: nas ruas com o Bloco Reintegracionista defendendo o reintegracionismo de base

Os últimos informes do Instituto Galego de Estatística venhem a anúnciar o que já há vários anos se vêm denúnciando desde multiples setores: a progressiva e acusada perda de falantes de galego e a confirmaçom de que a nossa juventude representa a primeira
geraçom na história de Galiza que tem como primeira língua o espanhol.

Obviamente, a perda de galegofalantes nom significa umha eleiçom livre por parte de ninguém de qualquer outra língua por considerá-la mais interessante do que o galego. Trata-se da imposiçom em bloco do espanhol como modelo monolinguista caminho da
dominaçom absoluta dentro do projeto de homogeneizaçom da Espanha-naçom.

Portanto, nom existe nengumha relaçom entre liberdade de eleiçom individual com este processo histórico de substituiçom lingüística, tal como o espanholismo pretende fazer crer.

Existe um processo de dependência política que favorece a língua que abandeira a classe dominante, a burguesia espanholista. Porém, iniciativas surgidas da base social, assim como a relativa vitalidade que ainda mantém em setores minoritários das geraçons mais novas, deve empurrar-nos a nom dar por perdida esta batalha. Se bem a situaçom é muito preocupante, contamos com algumhas
ferramentas e potencialidades que, bem aproveitadas, podem ajudar a umha recuperaçom efetiva do galego.

Existem ámbitos laborais, sindicais, culturais, musicais, educativos, desportivos e de ativismo popular em que já se desenvolvem iniciativas significativas, em que pessoas novas conseguem tornar realidade o velho anseio de Cabanilhas, fazendo da língua o nosso
escudo.

Entre os recursos com que contamos, está um totalmente desprezado polas forças responsáveis pola política lingüística oficial até hoje: a força da unidade lingüística galego-luso-brasileira, o que costumamos chamar reintegracionismo lingüístico.

Longe de termos umha língua minoritária e autonómica, incapaz de concorrer com o espanhol, o galego pertence ao quarto espaço lingüístico do planeta. Nom seremos nós que estabeleçamos qualquer hierarquia lingüística em funçom do número de falantes, mas
tampouco teimaremos em desprezar o que isso supom. Portanto, a soberania lingüística significa, no caso galego, a afirmaçom de que podemos desenvolver-nos plenamente como povo na nossa língua, e que nom temos que submeter-nos às limitaçons autonómicas com que o espanholismo pretende isolar o galego do seu espaço mais próprio: a lusofonia.

E a juventude tem um papel fundamental na defesa e conquista deste direito, na construçom de espaços monolíngües em galego, na dignificaçom da língua no ensino, nos meios de comunicaçom, nos serviços públicos.. E na divulgaçom das suas enormes
potencialiades como língua internacional que partilhamos com o Brasil, Portugal, Angola ou Moçambique.

Por todo isto, este 17 de maio BRIGA participará e chama a participar do bloco reintegracionista na manifestaçom nacional que percorrerá as ruas de Compostela saindo às 12h do parque da Alameda.

Lembramos que o bloco reintegracionsta, iniciativa do movimento associativo reintegracionista de base, vinculado aos Centros Sociais independentistas, nascérom para aglutinar e divulgar a mensagem reintegracionista dentro das marchas em defesa da língua.
O “NH” e o “Ç” serám reivindicados por aqueles e aquelas que cremos que a recuperaçom e normalizaçom do idioma deve ir acompanhada, urgentemente, dum processo de reintegraçom no espaço da lusofonia, berce do galego e área de imenso potencial de
desenvolvimento cultural.

Este 17M nom fiques parada!
Organiza-te para salvar a tua língua!

bloco